O meu regresso ao trabalho não me tem dado tempo para os posts e para a blogosfera. Fico a aguardar que uma rotina mais organizada e equilibrada (que se está a construir) me restitua alguns tempos.
Entretanto, vão-me surgindo alguns temas sobre os quais me tem dado vontade de escrever. Como tenho pouco tempo, escolhi este, talvez pelo meu regresso ao trabalho me obrigar a uma visão mais macro e sobre estes mesmos assuntos.
Vou começar pela parte melhor: a UE propôs aos seus Estados-membros 11 medidas com vista a reforçar os direitos das crianças. Onze medidas em áreas diversas (desde a formação dos magistrados ao uso da internet), todas elas pertinentes e necessárias. Tenho apenas a dizer que espero que essas medidas, para além de adoptadas em teoria sejam, acima de tudo, adoptadas na prática. Sim! Porque de boas intenções estamos nós cansados. Aliás, de boas leis estamos nós cheios, falta é que elas se concretizem na prática, que sejam criados os meios para que elas possam ser verdadeiramente executadas!
Escolhi começar pela parte melhor porque teimo em acreditar nas boas práticas! Isto porque ando a ferver desde que ouvi a notícia de um rapaz de 13 anos que corre o risco de ser julgado com pena perpétua depois de ter assassinado a madrasta com uma arma que o pai lhe deu. Isso mesmo! Isto está a acontecer na Pensilvânia e a Amnistia Internacional tem vindo a fazer uma série de pressões para que tal não aconteça.
Revolto-me! Revolta-me, sobretudo, que isto se esteja a passar nos EUA, no mesmo país que, vestido de uma tez imaculada, apregoa pelo mundo a defesa pelos Direitos Humanos. É isso mesmo...o mesmo país que, a par da Somália, não ratificou ainda a Declaração dos Direitos da Criança! Se o tivesse feito, esta e outras práticas, não seriam possíveis!
Nem sei que diga...Se estivesse na RFM diria "Já agora, vale a pena pensar nisto".