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domingo, 16 de outubro de 2011

O pai entertainer

No artigo da Pública de hoje, Daniel Sampaio escreve:

"Um pai que se oferece como 'pessoa' não precisa de interpor objectos, porque o seu corpo e a sua mente são o mais importante para os filhos. Brincar no chão, correr em conjunto, ter conversas estimulantes, respeitar e fazer-se respeitar valem mais do que mil apetrechos electrónicos."

Tenho-me questionado muito quais os caminhos a adoptar para ser a educadora/mãe que sonho ser. Chego sempre à conclusão que, mais importante que tudo, é ter tempo de qualidade com ele. Estar e ser disponibilidade, sempre numa atitude cheia de coerência, onde os valores passam porque existem e se partilham no quotidiano do crescer em família. Saiba eu ser fiel a esta conclusão...

domingo, 29 de maio de 2011

De que precisas, diz-me tu?...


Já o sabia da teoria! Já o tinha ouvido falar na experiência dos outros! Mas não há como aprender com o nosso próprio sentir e maravilharmo-nos com a clareza da nossa descoberta.
Sempre me questionei acerca daquilo de que os bebés realmente precisam. 
A minha área de formação foi-me dando algumas respostas mas sempre teóricas. Precisava de algo mais concreto. Esse concreto foi-me dado pela experiência, pelo olhar atento de cada dia que passa. 
Hoje quase que arriscaria em defender afincadamente a minha teoria testada com o método do quotidiano. O pequenino foi-me respondendo à questão para a qual sempre busquei respostas.
 Ele foi-me dizendo que os bebés precisam de um ninho seguro que lhes dê confiança, construido por pais que tenham tempo de qualidade para lhes dar, que não se importem de deixar coisas menos importantes para fazer só para estar com eles. 
O que os bebés precisam é de sentir que o mundo é um lugar seguro, onde as pessoas se relacionam com calma, sem gritos nem agitações e que buscam o belo...porque o mundinho é tão bonito! 
O que os bebés precisam é de tempo organizado, calmo, sem correrias, em que se obedeça aos seus ritmos e às suas necessidades. 
O que os bebés precisam é de pais sem medos, pais que ousam fazer o que manda o coração e não o que a teoria x ou o doutor y recomendam...não há melhor professor para a parentalidade do que o coração.

O que os bebés precisam é de sentir que são amados, sentindo-o na persistência feliz de quem desperta com eles a cada amanhecer e que com eles esboça sempre um sorriso.
 O que os bebés precisam é de sentir que estão entrelaçados com as vidas de quem os sonhou, porque estas vidas entoam juntas uma bela melodia em que a harmonia se constrói em cada nota dada.
E, na minha vida profissional, quando olho para a vida de outros bebés a quem falta tanto, percebo tão claramente que o mais que lhes falta é isto...é este ninho seguro, este Amor verdadeiro!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Que me dizes tu chupeta?


O uso da chupeta sempre foi para mim um dúvida...sempre estive demasiado focada nos seus contras (pode prejudicar a efectivação da amamentação e, mais tarde, a dentição). No Hospital, perguntei à Pediatra o que ela pensava e ela falou-me de estudos recentes que apontavam para os benefícios da chupeta, nomeadamente na redução da morte súbita. Aí comecei a questionar a minha "opinião feita"...

Tenho-a usado com o pequenino e confesso que a sua existência é bastante harmoniosa entre nós. Apenas a usa quando é para dormir e nem sempre, só em horas nas quais ele está mais agitadito. 
Confesso que me faz alguma confusão ver bebés com a chupeta constantemente na boca. Em inglês chupeta é "pacifier"...interessante nome que nos diz muito sobre ela...é um recurso para pacificar, um de entre muitos outros que devem ser usados, por isso me fazer tanta confusão apresentá-la quase como se fosse o único "remédio".

Para vocês ficam aqui alguns prós e contras do uso da chupeta:

PRÓS:

  • reduz o risco de morte súbida (61%);
  • produz sentimento de bem-estar, reduzindo o stress (por exemplo, quando os bebés chucham durante um procedimento médico, parecem experienciar menos 
  • oferece uma distração (o que pode ser útil até que se prepare uma determinada tarefa, p. ex., dar de mamar);
  • é mais fácil de "retirar" do que o dedos quando for altura de parar;
  • estudos apontam que bebés que chucham têm uma frequência cardíaca mais baixa;


CONTRAS:

  • pode interferir com a amamentação (deve ser dada apenas quando a amamentação estiver estabelecida, sugerindo-se que tal só seja feito 3/4 semanas após o nascimento);
  • aumenta o risco de infecções nos ouvidos;
  • pode afectar negativamente o desenvolvimento dos dentes;

Tomem decisões reflectidas mas, principalmente, ofereçam outros e muitos "pacifiers" aos bebés...e há tantos! E tão mais humanos!...colinho, falar, cantar, embalar, dar de mamar, pousar as mãos, "mostrar o mundo", brincar...até porque quando o bebé chora está a pedir-nos alguma coisa que não tem obrigatoriamente de ser a chupeta (aliás, acredito que todas as outras opções que pus acima são, para ele, muito mais agradáveis).


Fontes e outras informações:

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Manual de Instruções?...não é preciso!

Reconheço que os livros, a internet e toda a informação que se possa recolher têm sido muito importantes para uma melhor adaptação ao papel de mãe. No entanto, tenho vindo a dar-me conta de que podemos cair numa dependência destas informações, o que nos poderá desviar a atenção para o mais importante - a comunicação do bebé. Sim! Estou certa de que não existe nenhum outro especialista em como agir com os bebés do que eles próprios. Assim, informação será sempre bem-vinda desde que não seja ruído para a relação e nos faça desfocar do essencial...já existem bebés há milhões de anos e a Natureza sempre se encarregou de ensinar os pais e a comunidade a lidar com eles da melhor forma.
A este propósito li um artigo que refere que o mais importante é respeitar os ritmos do bebé, introduzindo precocemente os hábitos básicos. Tudo isto, reforço eu, criando rotinas e rituais que, no quotidiano do bebé, vão servindo de marcadores e de organizadores das suas experiências.



"Start at birth. Be patient. Trust the process. 
Listen to your child, not to the books and not the calendar."
in PhD in Parenting





terça-feira, 26 de outubro de 2010

Como vê um bebé?

Sempre me questionei acerca disto...sabemos que a visão se vai desenvolvendo, primeiro de um sistema a preto e branco e depois passando para as cores, de mais desfocado para uma visão mais clara. No entanto, imaginar como as imagens são recebidas pelos bebés é um autêntico exercício de criatividade que, por outro lado, sempre me deixou curiosa.
Então, para matar a curiosidade vejam lá o que descobri...o Tiny Eyes convida-nos a espreitar através dos olhos de uma criança. Basta, para isso, seleccionar uma fotografia, colocar a idade da criança e...eis que os seus olhos se abrem para nós!
O que mostra não deve andar muito longe da realidade porque a Chicco desenvolve investigações acerca da visão e a forma como eles dizem que os bebés vêm é semelhante àquela que o Tiny Eyes nos mostra.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Plano Nacional de Leitura

O papel da leitura no desenvolvimento da criança é fundamental, sendo fundamental desde o desenvolvimento da linguagem ao desenvolvimento da inteligência geral. E quanto mais precoce for o contacto da criança com a leitura, mais benefícios se poderão colher desta relação.
Assim, hoje foi a primeira vez que fui à Biblioteca com o objectivo de trazer alguns livros para ler ao Gabriel...como sou apaixonada pelo José Jorge Letria e pelas ilustrações dos seus livros, trouxe dois dele. Aproveitei também e comprei dois livros na Feira do Livro Infantil e Juvenil que lá estava a acontecer.
Com tudo isto, fiquei curiosa acerca de saber quais os livros mais adequados e em como desenvolver o gosto pela leitura. Assim, dei por mim num site muito interessante associado ao Plano Nacional de Leitura - o Ler + em Família.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Um Abraço para a Vida

Um artigo publicado no Journal of Epidemiology and Community Health apresenta um estudo que acompanhou cerca de 500 crianças até aos 30 anos de idade e que comprova que o abraço tem implicações psicológicas muito para além da infância. O estudo demonstra que crianças que receberam níveis consistentes de afecto e atenção têm menos problemas psicológicos, tendo menos probabilidade de serem adultos emocionalmente desajustados, ansiosos e hostis.
A ciência vem assim comprovar aquilo que a natureza humana, por intuição e afecto, nos tem demonstrado ao longo dos séculos. Não há que temer colinho, abraços e miminhos, desde que estes sejam seguros e consistentes...são pontes seguras para futuros adultos saudáveis!


Fonte: Public News Service

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

TV e Vídeo-Jogos: é o conteúdo que interessa

Apesar de, nesta fase, apenas me preocupar com os efeitos da TV na visão (é demasiada informação e a forma como as imagens se articulam dificultam a sua apreensão pelos bebés), este artigo de Jonah Lehrer revela dados interessantes. 
Não há que temer o "Bicho-papão" da TV ou o "Monstro" dos Jogos...ou melhor, não há a temer quando estes são bem escolhidos e quando o seu conteúdo estimula o desenvolvimento cognitivo. Porque se há programas que em nada acrescentam ao desenvolvimento cognitivo, outros há que o potenciam, não só pelos seus conteúdos, mas pela interacção que podem criar com a criança.
Para além de que, este artigo, demonstra porque é que eu tenho saudades da "Rua Sésamo" e acredito que ainda estão para nascer programas infantis tão bons quanto este :).