domingo, 29 de maio de 2011

Criar Laços!

A propósito do último post, partilho convosco excertos de um texto que escrevi acerca da vinculação!


Para definir o processo de vinculação será interessante atentar à designação anglo-saxónica do termo – bonding. Traduzindo bonding como “criar laços”, a vinculação assume-se como o processo através do qual os seres humanos se enlaçam uns aos outros, estabelecendo ligações mútuas. Estes laços podem ser de diferentes tipos – que estão muito apertados ou são praticamente inexistentes, que seguram ou fazem tremer, que mostram o mundo de forma confiante ou ansiosa, que existem desde que só se existe ainda no ventre materno até ao momento em que o corpo morre.
Sendo-se humano, é impossível não ter destes laços. A vinculação é, assim, um processo indissociável à existência humana e indispensável à vida. É através da vinculação que cada ser humano se sente como pessoa, na forma como se sente (ou não) amado e protegido. É a vinculação que, por nos fazer sentir a nossa individualidade, nos indica como é o mundo e o que podemos esperar dele. É a vinculação que molda o tipo e a qualidade das relações que vamos desenvolvendo ao longo da vida. Desta forma, muito do nosso existir é feito em torno destes laços, na medida em que muitas das nossas ações se direcionam no sentido de (re)criar estes laços, de a eles responder e de com eles estabelecer ligações com o mundo interior e exterior.

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