Não é de agora que me faz confusão já não ver crianças na rua a brincar.
Ainda sou do tempo ( :) ) em que brincar na rua era a melhor das atividades e nesta mesma rua, com amigos de muitas idades, a descoberta e a experiência foi, sem dúvida, muito rica.
Hoje em dia perturba-me ver crianças fechadas em 4 paredes, aparentemente estimuladas com 1001 atividades que mais não são que imitação do real. Muitas vezes dei por mim a concluir que educamos crianças em cativeiro...impedindo-as de conhecer o mundo livremente.
Por isso mesmo, este artigo chamou-me a atenção. Tenta fazer um apanhado do benefício do brincar e, sobretudo, do jogo livre, da brincadeira em grupos heterogéneos e sem a supervisão do adulto. Este artigo explora também a investigação de Peter Gray - "The Decline of Play and the Rise of Psychopathology in Children and Adolescents" - que aprofunda como a diminuição do jogo livre pode estar relacionada com o aumento de psicopatologia em crianças e adolescentes. Deve fazer-nos pensar pois os índices de depressão e ansiedade na infância e na adolescência são agora superiores do que, por exemplo, na 2ª Guerra Mundial ou noutras fases críticas da História recente.