quinta-feira, 28 de abril de 2011

Acredito que é possível!

Alinho-me nesta marcha revolucionária e declaro:

Sou uma crente...e de crença em crença se vai construindo o mundo, por isso não desistirei de ser crente.
Sou crente em que mais tarde ou mais cedo (provavelmente mais tarde) o mercado de trabalho se tenha de reorganizar para dar resposta àquilo que são as verdadeiras necessidades das pessoas.
Não acredito que sejamos super-humanos, embora por vezes cheguemos lá perto, por isso, estou em crer que as nossas diferntes áreas se terão de entender de outra forma. Aos empregadores falta coragem para assumir que trabalhadores melhores consigo e com a vida são melhores trabalhadores. No dia em que tal for assumido sem medo, os trabalhadores darão mais de si porque já lhes foi dado mais para si.
Acreditem que se me deixassem construir o meu horário de trabalho, trabalharia muito mais e de forma mais empenhada. Sei isso porque tive que esperar um mês para me diferirem a redução de horário para amamentação e tive que trabalhar o horário completo, sempre com um nó no peito e a olhar para o relógio. 
Perfeito, perfeito seria permitir que pai e mãe pudessem articular horários de forma a beneficiar os seus filhos. Não peço só para mim a flexibilização...seria demasiado feminista e egoísta. Peço para o papá também, figura que se quer fazer presente no desenvolvimento dos filhos e que enfrenta resistências machistas no patronato e nos colegas de trabalho até!

Assim, eu crente me declaro e contribuo para esta revolução...acreditando sobretudo que, quanto mais nos deixarem investir nos nossos filhos e nas nossas vidas, melhor será a sociedade e a humanidade de amanhã!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Investimento materno e tamanho do cérebro

Um estudo de dois antropologistas encontrou uma correlação entre o tempo do investimento materno e o tamanho do cérebro, associando também variáveis como a duração da gestação e o ritmo de desenvolvimento.
Basicamente, a ciência, com este artigo, diz-nos aquilo que a humanidade já sabe há muitos e longos anos: somos o que somos porque há condições únicas que assim nos fazem e uma delas é o investimento materno, onde a amamentação (como indica o estudo) é uma peça fundamental.

O essencial...

Crise. FMI. Crise. Más notícias. Más ondas. Crise. FMI. Governo. Crise...
Que cenário este que nos é pintado, cantado e empurrado!
Que cenário este que quer forçar em nós desmotivações, franzir de testas, expressões carrancudas, falta de esperança.
Que cenário...
Podem-me chamar idealista mas recuso-me a olhar só para esta parte do cenário. Tudo isto que se ouve (e vê) por aí tem-me feito centrar naquilo que é verdadeiramente essencial...e, como dizia o Principezinho, "o essencial é invisível aos olhos". 


Essencial é ser mais Humano e mais Humanidade. É Ser livre sem viver projetos que outros pensam ser melhor. É voltar ao que é autêntico, bucar a simplicidade a cada amanhecer. Pôr fora os plásticos que nos envolvem, o ser faz-de-conta, o tempo embalado e as relações fast-food.
Essencial é SER! A sério...
Já andava com vontade de escrever este post, mas depois de ler este post estas palavras adquiriram mais sentido. 
Agradeço, por isso, cada amanhecer, cada sorriso, cada projecto, cada frustração...e sinto-me pequenina! E desejo mais ainda o essencial...porque, afinal, para quê tantas correrias e ambições se a vida é feita de laços e de sentimentos!?..

sábado, 23 de abril de 2011

Vale a pena provar!

Ser mãe fez-me estar atenta a coisas que antes, apesar de alerta, não me faziam agir e ser mais fiel àquilo que penso.
Assim, há cerca de um mês tive uma feliz descoberta: a "Prove" (Promover e Vender)! Esta é uma iniciativa que se baseia, basiacamente, em promover o consumo local. O consumo livre de toneladas de combustíveis para que as coisas cheguem a nossa casa. O consumo daquilo que é da época e não daquilo que é forçado a crescer e a conservar-se. 
Os motivos que me levaram a aderir foram basicamente os que já disse em cima. Mas agora que o 2º cabaz já entrou cá em casa, acrescento aos motivos a frescura dos produtos, a simpatia das pessoas e a qualidade que se nota qunado se come. 
O pequenino tem-se maravilhado com sopinhas feitas com estes legumes e nós vemo-nos também "obrigados" a consumir muitos mais legumes do que fazíamos antes.
Sendo assim, nada melhor do que provar!
PROVE - Promover e Vender

domingo, 10 de abril de 2011

Em busca da harmonia!

Ora toma! Nada como a experiência para me calar bem caladinha!


Sempre me pareceram um pouco exagerados alguns discursos feministas acerca da conciliação trabalho-maternidade. Não sei, na altura devia julgar-me uma super-mulher e, quando fosse necessário fazer essa concilização, eu, com os meus super-poderes iria facilmente consegui-lo! 
Eu, mulher, me confesso! Confesso que não sou omnipotente e muito menos omnipresente. Confesso que não consigo ser como desejaria, que não consigo fazer com o tempo um qualquer milagre da multiplicação. Confesso que, por mais que goste da minha vida profissional e por mais que me encante a maternidade, muitas vezes dou comigo num verdadeiro campo de batalha em que estas se degladeiam forte e feito. 
Confesso que não gosto nada desta conciliação...ou de a tentar!
Como o ser mãe a tempo inteiro não passa de uma miragem, resta-me ir tentando aprender a gerir o tempo, aprender a criar prioridades e a ser fiel a elas. Nesta gestão, vou percebendo que há tantas coisas que não são necessárias e muito menos urgentes, vou aprendendo a embalar-me no ritmo da vida, respeitando os momentos especiais com o pequenino, esses que ninguém os tira do 1º lugar do raking de prioridades. 
Desejo que esta difícil conciliação tenha já passado os seus piores momentos. Quero acreditar que agora vou-me especializar neste deixar fluir, procurando evitar culpas com tempos mal-gastos, não os tendo! Quero acreditar que, acima de profissional, continuarei a ser principalmente mãe, não permitindo que uma qualquer ditadura do rendimento laboral me escravize. A ser escrava, quero ser escrava da maternidade porque essa liberta e dá vida...

P.S.: É por causa desta conciliação que este blog tem andado abandonado, vamos ver se ele melhora!