segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Como te chamas?

Nunca percebi muito bem esta coisa da moda nos nomes dos bebés. Escolher o nome dos filhos de acordo com a "onda" do momento é, para mim, algo estranho! Respeito, pois claro, mas faz-me alguma confusão...é como se houvesse um Portugal Fashion mas para nomes de bebés!
Se calhar esta minha antipatia com tal prática pode vir do meu nome! Também não desejo isso a nenhum bebé. O meu nome é tão pouco vulgar que até as Finanças se enganaram 3 vezes no Cartão de Contribuinte que me emitiram. Também não desejo a nenhum bebé que o método de escolha do seu nome seja o mesmo que o meu foi - o da menina bonita da telenovela da altura. Mas digamos que ir pela moda também não me parece justo...
O que se pode ganhar com a moda dos nomes? Quando alguém chamar as crianças na escola, todos olham?! Ser tratado por um segundo nome porque já há alguém com aquele nome e há que diferenciar?
A meu ver, os nomes devem ser significativos para os pais e estimular a criatividade no momento da escolha. Devemos ensaiá-lo e imaginarmo-nos a dizê-lo muitas vezes ao longo da nossa vida. Devemos imaginar como o nosso filho se sentirá a ouvi-lo em diferentes situações. Devemos dizê-lo em diferentes tons emocionais...e, acima de tudo, devemos ver nele uma forma de nos aproximar do nosso filho!
Mas como este post era acerca de nomes, inspirado por esta notícia do JN, cá deixo os nomes mais registados em 2010:
     Meninas: Maria, Leonor, Beatriz, Matilde, Ana, Mariana, Lara, Inês, Carolina e Margarida
   Meninos: Rodrigo, João, Martim, Afonso, Tomás, Tiago, Gonçalo, Diogo, Francisco e Guilherme

P.S.: Atenção papás e mamãs que têm crianças com estes nomes!!! Não entendam este post como uma ataque pessoal...os nomes podem ser "da moda" mas esse pode não ser o critério, eu sei :)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

As últimas acerca da Amamentação...

Na sexta-feira passada saiu uma notícia no Público com o título "Cientistas contrariam recomendações de leite materno", com base num estudo publicado no British Medical Journal. Com base no estudo, a notícia referia, basicamente, que afinal a OMS está errada ao recomendar a amamentação exclusiva até aos 6 meses. Passei-me! E de que maneira. Não é que perceba muito do assunto, mas sei que as recomendações da OMS se baseiam numa revisão extensa da bibliografia, com base em estudos feitos em todo o mundo. Como é que o Público (jornal que até aprecio) vem pôr em causa este trabalho científico com base num único estudo?!!? Pois claro que me passei, não seria de esperar outra coisa.
E, pelos vistos, não fui só eu que me passei. A Sociedade Portuguesa de Pediatria já emitiu um comunicado a esclarecer o povo acerca do que realmente deve ser deduzido desse estudo. Alertam para o facto da notícia ter interpretado erradamente alguns dados do estudo e esclarecem aspectos interessantes acerca da amamentação.
OMS também veio relembrar porque é que recomenda o aleitamento materno exclusivo...não é porque se lembrou ou porque pegou num único estudo!
Deixo para o fim o melhor...este artigo e este levantam um bocadinho o véu e fazem-nos pensar no porquê desta notícia! Então não é que 3 dos 4 autores do referido artigo científico recebem fundos da indústria de leite artificial? Ah...isso então já é outra coisa!!! Até acho que já percebo a notícia. Mamãs...porquê dar leitinho materno se, afinal, existem produtos tão apetitosos e variados fabricados por estas queridas indústrias que tanto gostam dos nossos bebés? 
Pois é! E é assim, com notícias destas que aquilo que é natural e saudável se destrói com base em interesses e em opiniões isoladas.

(a propósito, proponho que vejam estas imagens acerca de um projecto interessante sobre amamentação) 

domingo, 9 de janeiro de 2011

Frases Soltas #6

Não podia deixar de colocar aqui a frase do mês do "The Natural Child Project":


"Many of the things we need can wait. The child cannot. 
Right now is the time his bones are being formed, his blood is being made, and his senses are being developed. 
To him we cannot answer 'Tomorrow,' his name is today."
Gabriela Mistral

sábado, 8 de janeiro de 2011

Babymoon...ou o encantamento mãe-bebé

Li aqui acerca do conceito "Babymoon". Parece que não é um conceito recente e basicamente reporta-se aos momentos de intimidade e de conhecimento antes e depois do nascimento vividos entre os pais e o bebé, tempo de vinculação e de proximidade! 
Achei curioso porque tenho dito a algumas pessoas que estão grávidas ou que planeiam estar que a gravidez existe para nos aproximar da maternidade. Gravidez é tempo de duvidar e questionar, temer e negar, descobrir e procurar...a gravidez é o tempo que a Natureza nos dá para, a pouco e pouco, se ir definindo em nós o papel de Mãe. Gravidez é tempo de namoro, com todas as paixões e encantamentos, mas também com todas as dúvidas e crises...gravidez é tempo de namoro para que se possa dar o casamento e, só assim, viver-se a lua-de-mel (honeymoon)...neste caso, a babymoon. 
E como é mágica esta babymoon...o desafio será fazer com a babymoon o que tantos casais desejam fazer com a honeymoon! Prolongá-la ao máximo. Não só no tempo depois do nascimento, mas também antes dele! 

Babymoon é tempo de contemplar o ser que se desenvolve em nós (dentro e fora). 
É oportunidade de saborear cada pequeno pormenor, cada gesto e cada som. 
É momento de parar tudo o que não interessa porque o essencial acontece em nós, por nós, para nós e através de nós. 
É altura de aproximar ainda mais aquilo que já é inseparável e íntimo. 
É ter a certeza de que a vida tem sentidos e significados mágicos e que viver através da maternidade é único e indizível. 

Sonhei que era Sueca

Proud Swedish Mom Ornament (Round)

Já ando há uns meses a sonhar! E sonho acordada...sonho que sou sueca e que vou poder ficar mais 10 meses com o meu pequenino...sonho que estou na Suécia e que não tenho que o deixar abruptamente nesta fase em que ele ainda precisa tanto de mim e que vou poder viver com ele todos os momentos até que ele tenha 16 meses. E como é bom este sonho! O verdadeiro frio não é o da Suécia mas o que sinto no coração quando sei que vou ter que sair de casa, entregar o meu pequenino a outra pessoa e, ao final do dia, ouvir todo um relato de aquisições e de momentos que ele teve e a que eu não assisti!
Sei que tenho que regressar ao trabalho. Gosto do que faço e não me posso queixar, sobretudo porque vou iniciar um novo trabalho muito mais aliciante a há tanto tempo sonhado. Sim, sei...mas também sei que cada momento, cada dia, cada segundo que passo com o pequenino me enche a vida de magia e que, quanto mais me dou nele, mais ele cresce e maior é a Felicidade desenhada no rosto dele. Sei que ele vai continuar a crescer e a ser feliz, mas sei que as nossas vidas poderiam ser mais intensas se pudesse-mos estar mais tempo ao lado um do outro.
Como não vivo na Suécia, tento integrar esta realidade em mim...dos poucos dias em que tenho ido trabalhar, regresso a sentir-me mais Mãe porque tenho ainda mais a certeza de qual é a minha meta, a razão do meu existir e o motivo pelo qual me movo...e, quando os olhos se cruzam novamente, sou maravilhosamente acalentada numa serenidade e numa Felicidade que me apaziguam a dor da saudade...

Não estou na Suécia...resta-me ter a certeza de que a forma como me habitas o coração me mantém ligada a ti em cada segundo do meu existir.


domingo, 2 de janeiro de 2011

Bom Ano!

As festas terminaram...a agitação e a Felicidade que carregaram estes dias foi-se e, quase que de súbito, o silêncio instala-se e invade-me uma doce serenidade.
As festas trouxeram-me a alegre constatação de que há muito que tem sido Natal na minha vida. Um Natal que acontece todos os dias. Um Natal que é feito de uma Vida que renasce a cada dia que nasce. Uma Esperança imensa que me leva a caminhar cada vez com mais empenho e motivação. Natal todos os dias desde que o pequenino habita as nossas vidas. Por isso, este Natal foi especial não só por o ter connosco, mas também porque ele tem feito dos nossos dias verdadeiros Natais.
Por isso, nesta passagem de ano não dei por mim a fazer planos nem a delinear estratégias para atingir objectivos no próximo ano. Não! Desejo apenas que o ano se escreva na continuidade do que foi o ano que passou...não uma continuidade feita de comodismo, mas uma continuidade nesta forma de viver - seguir os mesmos horizontes e buscá-los na mesma fidelidade àquilo que é essencial. Crescer na vontade de viver desta forma!

Assim, desejo a todos um 2011 liberto de crises e de cortes, de más e negativas previsões. Desejo um 2011 em que o mais importante seja a vontade de viver...uma vontade de viver que venha mesmo de dentro e que se transforme no melhor antídoto para qualquer "má onda".
Um 2011 em que sejamos capazes de descobrir aquilo que verdadeiramente interessa.