quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Para ir #2



Já que estou numa de partilhar coisas interessantes para onde ir, cá fica uma outra sugestão:

Voltamos a abrir a porta para a “Terra dos Sonhos”



Vejam o programa aqui!

A ir, sem dúvida...

Desde que o pequenino nasceu que, por entre as pesquisas que tenho feito, me surgiu uma feliz descoberta - a pedagogia Waldorf! Uma pedagogia que aborda o desenvolvimento humano no seu todo, com pontos muito interessantes como sejam o desenvolvimento artístico e a comunhão com a natureza.
A este propósito, partilho uma palestra que vai acontecer no próximo dia 11 de Dezembro em Valadares, desenvolvido por um grupo de pessoas que está a trazer esta experiência maravilhosa da pedagogia Waldorf para o Norte do país.
Aqui fica o cartaz:

E o link para o facebook: http://www.facebook.com/lugardosgnomos

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dou, sim senhor!

Ora aqui está uma boa iniciativa!

Em tempos de crise, há que simplificar, aproximar e valorizar. Porque nem sempre isto é fácil, surgiu agora um novo site onde cada um pode colocar coisas que tem que se disponibiliza a dar, enquanto que outros se podem candidatar a receber. Baseado numa lógica de desenvolvimento sustentável, espero que seja uma prática que venha para ficar.
Dar e receber...é tão simples! Aqui

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Criar brinquedos

Já não é de agora que percebo que o G. gosta é de explorar o que é nosso, aceder ao mundo através dos nossos objetos e daquilo em que nos vê mexer. Não é que não ligue aos brinquedos, mas há uma curiosidade especial para o que é mais "adulto". Por isso, por vezes temo-nos já aventurado a criar brinquedos a partir de reutilizações/reciclagens. Um deles foi simples: abrir um orifício circular numa caixa de sapatos, através do qual ele ia colocando bolas de plástico! O mais recente foi um garrafão de água no qual ele vai introduzindo pequenos objetos (palhinhas e ímans).
E apetece-me continuar a criar brincadeiras assim...ecológicas, criativas e estimulantes. Por isso, partilho com vocês dois sites com inspirações fantasticamente simples:

Inspiração...

Em alturas em que só o negativo parece ecoar do mundo, que este milagre da vida nos inspire a Viver MAIS...
Parabéns Azra pela tua sobrevivência e pela tua mensagem para cada um de nós!


domingo, 16 de outubro de 2011

O pai entertainer

No artigo da Pública de hoje, Daniel Sampaio escreve:

"Um pai que se oferece como 'pessoa' não precisa de interpor objectos, porque o seu corpo e a sua mente são o mais importante para os filhos. Brincar no chão, correr em conjunto, ter conversas estimulantes, respeitar e fazer-se respeitar valem mais do que mil apetrechos electrónicos."

Tenho-me questionado muito quais os caminhos a adoptar para ser a educadora/mãe que sonho ser. Chego sempre à conclusão que, mais importante que tudo, é ter tempo de qualidade com ele. Estar e ser disponibilidade, sempre numa atitude cheia de coerência, onde os valores passam porque existem e se partilham no quotidiano do crescer em família. Saiba eu ser fiel a esta conclusão...

domingo, 2 de outubro de 2011

Semana Mundial do Aleitamento Materno



Está já aí!
Programa

Começa amanhã a semana mundial do aleitamento materno. Podem ver o programa nacional aqui!

A amamentação e o desenvolvimento cognitivo

Existe um novo estudo que correlaciona a amamentação e o desenvolvimento cognitivo. Segundo este, níveis elevados de amamentação durante o 1º ano estão relacionados com melhores desenvolvimentos mentais aos 14 meses, independentemente da influência de fatores psicossociais (apontados noutros estudos). 
Este estudo é, assim, não só mais um a somar-se a outros que apontam para o benefício da amamentação, como também incita à amamentação prolongada.
Sendo assim, toca a amamentar!

domingo, 18 de setembro de 2011

Save Birth. Change the world

A iniciativa One World Birth está a nascer e pretende ser uma forma de alertar e formar/informar para a importância do nascimento como uma experiência humana, natural e única. Conta, para isso, com uma série de iniciativas e da colaboração de uma série de especialistas no assunto.
Aqui fica um cheirinho:

Coisas especiais

quem_somos

Andam por aí brinquedos e livros de 1001 tipo mas, há medida que os vou conhecendo, vou começando a perceber que existem dois grupos distintos: 
  • aqueles que, não obstante o seu interesse pedagógico, são produtos sobretudo pensados para vender, com distribuição em grande escala;
  • aqueles que, apesar de existirem para ser comprados, demonstram uma filosofia em que a criança é pensada de forma sensível e única.

Assim, cedo me fui cansando dos do primeiro grupo e tenho tentado encontrar marcas/locais onde possa encontrar os do segundo. Já me encantava com a Imaginarium que beneficiava por ser de mais fácil acesso. Ultimamente descobri a Edicare que tem uma loja on-line e que me delicia. Estará para breve uma encomenda!




domingo, 28 de agosto de 2011

Deixem-nos brincar!

Não é de agora que me faz confusão já não ver crianças na rua a brincar.
Ainda sou do tempo ( :) ) em que brincar na rua era a melhor das atividades e nesta mesma rua, com amigos de muitas idades, a descoberta e a experiência foi, sem dúvida, muito rica.
Hoje em dia perturba-me ver crianças fechadas em 4 paredes, aparentemente estimuladas com 1001 atividades que mais não são que imitação do real. Muitas vezes dei por mim a concluir que educamos crianças em cativeiro...impedindo-as de conhecer o mundo livremente.
Por isso mesmo, este artigo chamou-me a atenção. Tenta fazer um apanhado do benefício do brincar e, sobretudo, do jogo livre, da brincadeira em grupos heterogéneos e sem a supervisão do adulto. Este artigo explora também a investigação de Peter Gray - "The Decline of Play and the Rise of  Psychopathology in Children and Adolescents" - que aprofunda como a diminuição do jogo livre pode estar relacionada com o aumento de psicopatologia em crianças e adolescentes. Deve fazer-nos pensar pois os índices de depressão e ansiedade na infância e na adolescência são agora superiores do que, por exemplo, na 2ª Guerra Mundial ou noutras fases críticas da História recente.
Que crianças estamos nós a educar? 
Deixem-nos mas é brincar...


Imagem de Julissa Mora

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Bebeteca...um lugar onde se está bem!

Um lugar de descobertas e de interações interessantes!
Apesar da Bebeteca da Biblioteca Municipal da minha cidade ser das primeiras a existirem a nível nacional, com muita pena minha as sessões para pais e bebés acabaram. Não há adesão, fazem apenas com as creches :( Seja como for, mantiveram o espaço e podemos assim usufruir dos livros e daquele cantinho especial.
Já lá fui duas vezes com o pequenino e é uma experiência muito interessante! Há colchões onde ele pode circular à vontade. O cantinho é cheio de cor e, principalmente, cheio de livros...é vê-lo a tirá-los das prateleiras , a amontoá-los em cima das pernas e a desfolhar um a um, parando mais atento num ou noutro, enquanto os seus olhos se abrem bem abertos para toda aquela realidade.
Vale a pena! Além da estimulação que acredito que permite, é mais uma experiência para ele. E será, de certeza, um ótimo recurso para os dias frios de Inverno.
Investiguem onde há (sobretudo em Bibliotecas Municipais) e experimentem...vale a pena!

sábado, 20 de agosto de 2011

Continuar a amamentar...

Já lá vão mais de 13 meses desde que esta maravilhosa experiência começou.
Se nos primeiros meses a amamentação era fluido para a vida, ultimamente a amamentação tem sido um momento ainda mais especial.
Sobretudo depois que regressei ao trabalho e que o número de vezes em que amamento reduziu (só duas vezes por dia), a amamentação é aquele momento especial em que tudo o resto pára, em que o trabalho se encerra definitivamente na minha cabeça, em que todas as outras tarefas se esquecem e em que o tempo é só para nós. Simplesmente para nós. Sem mais nada fazer, a não ser olhar, tocar e brincar...é como se este fosse o momento do reencontro verdadeiro...o Nosso momento! 
É mágico, sem dúvida e, por esse motivo, a manter...

Informações interessantes acerca da amamentação prolongada:



domingo, 14 de agosto de 2011

Green School...a Escola!

Há exemplos que nos fazem sonhar que é possível aceder a serviços únicos e inspiradores.
A Green School é uma escola única no mundo, construída em Bali (Indonésia), todos os seus pressupostos, para além de se basearem em princípios de sustentabilidade, guiam-se por metodologias educativas rigorosas, experienciais e que englobam a relação com a Natureza e a arte.
heart of school
Edifício central da Green School

É destes recantos que nos vem uma mensagem que vale a pena escutar. É na educação que a humanidade se cria e recria e, de facto, é necessário pensar nos nossos modelos de escolas. Mais do que Parques Escolares aparentemente moderníssimos, é preciso pensar nos conteúdos e nas formas de se educar. 
A Green School é, sem dúvida, uma inspiração...

Inspirador

Gosto muito das coisas deste autor e, para partilhar, achei que este seria o mais indicado:


Uma receita simples. Um desafio. Acima de tudo, uma maneira muito doce de se ser mãe/pai...acredito que é na disponibilidade genuína que nos tornamos os melhores educadores.




terça-feira, 2 de agosto de 2011

Para quebrar o silêncio...

Silenciosa mas não ausente nem esquecida!
Ah como queria ser suficientemente organizada e liberta para conseguir ser mais ativa neste mundo dos blogs. A tentar...confesso!
Também confesso que as outras prioridades acabam por esgotar o tempo e fica difícil de vir aqui partilhar tanta coisa que acho importante e que me vai surgindo...
Mas hoje finalmente consegui quebrar o silêncio. E faço-o por uma boa razão...para partilhar aquilo que está a acontecer! De 1 a 7 de Agosto assinala-se a Semana Mundial da Amamentação, sob o lema "Breastfeedind, a 3D experience". Com este tema, pretende-se sensibilizar para uma terceira dimensão presente na amamentação - a comunicação, promovendo-se redes entre vários setores, idades, culturas e agentes, incentivando todos a comunicarem de diversas formas acerca da sua experiência pessoal e de boas práticas em torno da amamentação. Vale a pena espreitar o site oficial...

domingo, 29 de maio de 2011

Criar Laços!

A propósito do último post, partilho convosco excertos de um texto que escrevi acerca da vinculação!


Para definir o processo de vinculação será interessante atentar à designação anglo-saxónica do termo – bonding. Traduzindo bonding como “criar laços”, a vinculação assume-se como o processo através do qual os seres humanos se enlaçam uns aos outros, estabelecendo ligações mútuas. Estes laços podem ser de diferentes tipos – que estão muito apertados ou são praticamente inexistentes, que seguram ou fazem tremer, que mostram o mundo de forma confiante ou ansiosa, que existem desde que só se existe ainda no ventre materno até ao momento em que o corpo morre.
Sendo-se humano, é impossível não ter destes laços. A vinculação é, assim, um processo indissociável à existência humana e indispensável à vida. É através da vinculação que cada ser humano se sente como pessoa, na forma como se sente (ou não) amado e protegido. É a vinculação que, por nos fazer sentir a nossa individualidade, nos indica como é o mundo e o que podemos esperar dele. É a vinculação que molda o tipo e a qualidade das relações que vamos desenvolvendo ao longo da vida. Desta forma, muito do nosso existir é feito em torno destes laços, na medida em que muitas das nossas ações se direcionam no sentido de (re)criar estes laços, de a eles responder e de com eles estabelecer ligações com o mundo interior e exterior.

De que precisas, diz-me tu?...


Já o sabia da teoria! Já o tinha ouvido falar na experiência dos outros! Mas não há como aprender com o nosso próprio sentir e maravilharmo-nos com a clareza da nossa descoberta.
Sempre me questionei acerca daquilo de que os bebés realmente precisam. 
A minha área de formação foi-me dando algumas respostas mas sempre teóricas. Precisava de algo mais concreto. Esse concreto foi-me dado pela experiência, pelo olhar atento de cada dia que passa. 
Hoje quase que arriscaria em defender afincadamente a minha teoria testada com o método do quotidiano. O pequenino foi-me respondendo à questão para a qual sempre busquei respostas.
 Ele foi-me dizendo que os bebés precisam de um ninho seguro que lhes dê confiança, construido por pais que tenham tempo de qualidade para lhes dar, que não se importem de deixar coisas menos importantes para fazer só para estar com eles. 
O que os bebés precisam é de sentir que o mundo é um lugar seguro, onde as pessoas se relacionam com calma, sem gritos nem agitações e que buscam o belo...porque o mundinho é tão bonito! 
O que os bebés precisam é de tempo organizado, calmo, sem correrias, em que se obedeça aos seus ritmos e às suas necessidades. 
O que os bebés precisam é de pais sem medos, pais que ousam fazer o que manda o coração e não o que a teoria x ou o doutor y recomendam...não há melhor professor para a parentalidade do que o coração.

O que os bebés precisam é de sentir que são amados, sentindo-o na persistência feliz de quem desperta com eles a cada amanhecer e que com eles esboça sempre um sorriso.
 O que os bebés precisam é de sentir que estão entrelaçados com as vidas de quem os sonhou, porque estas vidas entoam juntas uma bela melodia em que a harmonia se constrói em cada nota dada.
E, na minha vida profissional, quando olho para a vida de outros bebés a quem falta tanto, percebo tão claramente que o mais que lhes falta é isto...é este ninho seguro, este Amor verdadeiro!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Quando o amanhecer nos desperta para a vida...

...foi tão bom amanhecer hoje!
Apesar da noite mal dormida, da sombra de uma sexta-feira que tarda em trazer o fim-de-semana, de algum cansaço...amanhecer foi tão bom!
Amanhecer lavou-me por dentro e por fora!
Amanheci com o orvalho da manhã que pingava das folhas suadas das árvores.
Amanheci com a brisa fresca da manhã que se entrega ao dia renovada.
Amanheci ao ser regaço que acalenta o Amor maior.
Amanheci embalada no "da-da-da" alegre do meu pequenino.
Amanheci...e redescobri o quanto a vida é simples e o quanto a Felicidade é maior quanto mais simples for a forma de a alcançar.

...para que se perceba, hoje de manhã, antes de deixar o pequenino na creche e porque ainda tínhamos 10 minutos, fui com ele dar um passeio a um sítio bonito (uma praia Fluvial)...a repetir!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Flexibilizar mentes...

Que bom que é perder-me nestas linhas desta revolução! Enquanto leio vou-me sentindo menos sozinha e há coisas que se vão tornando mais organizadas na minha cabeça.

Com o nascimento do pequenino foi nascendo em mim uma angústia que aumentava à medida que a data de regressar ao trabalho se aproximava. As respostas sociais não me agradam. A ausência não me satisfaz, não por qualquer sentimento de posse, mas sim porque considero que é fundamental a relação precoce mãe/pai-bebé. A gestão do tempo antevia-a como um factor de stress e não como uma gestão fácil. Por tudo isto, cheguei a sonhar criar um negócio próprio. Um negócio que espelhasse também aquilo que são as minhas preocupações. Assim, sonhei abrir um espaço destinado aos bebés e aos papás, com serviços especializados e especiais, desde uma mini-mini-mini creche a workshops. Com este sonho, garantia a proximidade com o pequenino e dava asas a um projeto pessoal. Mas o sonho foi assombrado pela crise e testado pela oportunidade de um novo trabalho pelo qual também tanto tinha sonhado. Assim, eis-me aqui, peça deste mercado de trabalho!
Agora que me movo nesta quase selva, peço primeiro que haja lugar para o cumprimento das leis. Estamos num país com óptimas leis mas com pouca execução das mesmas. Mas para que tal aconteça, há que ir mais longe...é necessário flexibilizar mentes! Flexibilizar as mentes de quem "manda", donos do poder e que necessitam de sentir o controlo de quem trabalha, temendo ser flexíveis porque tal pode significar perder o comando. Flexibilizar as mentes dos colegas que olham para o relógio quando saímos à nossa hora, condenando-nos como se a hora do relógio fosse indicador da qualidade do trabalho. Flexibilizar as mentes que olham de lado para o pai que "goza os seus direitos" como se ele se estivesse a aproveitar do filho para não trabalhar. Flexibilizar as mentes da sociedade em geral, presa à quantidade e não à qualidade, desordenada e desorganizada na forma como planifica e executa os trabalhos, desaproveitando recursos e fixando-se a burocracias desnecessárias.
Confesso-me vítima destas mentes inflexíveis, dando por mim a culpabilizar-me por entrar e sair à hora e a equacionar prolongar o meu pedido de dispensa de horário para amamentação, como se fosse má trabalhadora. Tenho-me libertado destas amarras lentamente e é bom ser livre delas. Daí o meu apelo à flexibilização das mentes...
Ah! E um aspecto prático...voto a favor da existência de um verdadeiro banco de horas...isso sim a mim dava geito!
Por último, deixem-me dizer que esta flexibilização de mentes está a ganhar corpo neste movimento e é aqui e assim que se começam a desenhar as mudanças!


quinta-feira, 12 de maio de 2011

Mini Porto Belo

Ora aqui está uma coisa muito interessante!

O Mini Porto Belo já vai na 5ª edição e, basicamente, é um feirinha na qual as crianças se encarregam de "montar  barraca", escolhendo coisas de que se querem desfazer, criando coisas para vender ou mesmo partilhando serviços! 
O próximo é já no dia 14 de Maio
É por estas e por outras que eu, que quero sempre parar o tempo para que o pequenino não cresça, até fico ansiosa para que tal aconteça para poder embarcar com ele (e com os manos que hão-de vir) em coisas deste género.

domingo, 1 de maio de 2011

Mãe

Deixo-me imergir nesta grandiosidade.
Deixo-me abarcar nela e permitir que a metamorfose se faça...ontem, hoje e sempre.
Deixo-me descobrir e desvendar o que a identidade de Mãe me confere.
Hoje páro suavemente para perceber que todos estes dias em que tenho sido Mãe acrescentam algo mais a mim. 
Cada dia sou mais. 
Cada dia em que sou mãe transcendo-me mais um pouco. A vida é mais em mim e mais através de mim.
Sei que amanhã ser Mãe será mais uma porção de beleza, mais uma partícula de encantamento.
Não por hoje, mas por tudo e por todos os dias em que a maternidade se concretiza em nós...
...Feliz dia da Mãe para todas aquelas que têm em si este dom e este desafio...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Acredito que é possível!

Alinho-me nesta marcha revolucionária e declaro:

Sou uma crente...e de crença em crença se vai construindo o mundo, por isso não desistirei de ser crente.
Sou crente em que mais tarde ou mais cedo (provavelmente mais tarde) o mercado de trabalho se tenha de reorganizar para dar resposta àquilo que são as verdadeiras necessidades das pessoas.
Não acredito que sejamos super-humanos, embora por vezes cheguemos lá perto, por isso, estou em crer que as nossas diferntes áreas se terão de entender de outra forma. Aos empregadores falta coragem para assumir que trabalhadores melhores consigo e com a vida são melhores trabalhadores. No dia em que tal for assumido sem medo, os trabalhadores darão mais de si porque já lhes foi dado mais para si.
Acreditem que se me deixassem construir o meu horário de trabalho, trabalharia muito mais e de forma mais empenhada. Sei isso porque tive que esperar um mês para me diferirem a redução de horário para amamentação e tive que trabalhar o horário completo, sempre com um nó no peito e a olhar para o relógio. 
Perfeito, perfeito seria permitir que pai e mãe pudessem articular horários de forma a beneficiar os seus filhos. Não peço só para mim a flexibilização...seria demasiado feminista e egoísta. Peço para o papá também, figura que se quer fazer presente no desenvolvimento dos filhos e que enfrenta resistências machistas no patronato e nos colegas de trabalho até!

Assim, eu crente me declaro e contribuo para esta revolução...acreditando sobretudo que, quanto mais nos deixarem investir nos nossos filhos e nas nossas vidas, melhor será a sociedade e a humanidade de amanhã!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Investimento materno e tamanho do cérebro

Um estudo de dois antropologistas encontrou uma correlação entre o tempo do investimento materno e o tamanho do cérebro, associando também variáveis como a duração da gestação e o ritmo de desenvolvimento.
Basicamente, a ciência, com este artigo, diz-nos aquilo que a humanidade já sabe há muitos e longos anos: somos o que somos porque há condições únicas que assim nos fazem e uma delas é o investimento materno, onde a amamentação (como indica o estudo) é uma peça fundamental.

O essencial...

Crise. FMI. Crise. Más notícias. Más ondas. Crise. FMI. Governo. Crise...
Que cenário este que nos é pintado, cantado e empurrado!
Que cenário este que quer forçar em nós desmotivações, franzir de testas, expressões carrancudas, falta de esperança.
Que cenário...
Podem-me chamar idealista mas recuso-me a olhar só para esta parte do cenário. Tudo isto que se ouve (e vê) por aí tem-me feito centrar naquilo que é verdadeiramente essencial...e, como dizia o Principezinho, "o essencial é invisível aos olhos". 


Essencial é ser mais Humano e mais Humanidade. É Ser livre sem viver projetos que outros pensam ser melhor. É voltar ao que é autêntico, bucar a simplicidade a cada amanhecer. Pôr fora os plásticos que nos envolvem, o ser faz-de-conta, o tempo embalado e as relações fast-food.
Essencial é SER! A sério...
Já andava com vontade de escrever este post, mas depois de ler este post estas palavras adquiriram mais sentido. 
Agradeço, por isso, cada amanhecer, cada sorriso, cada projecto, cada frustração...e sinto-me pequenina! E desejo mais ainda o essencial...porque, afinal, para quê tantas correrias e ambições se a vida é feita de laços e de sentimentos!?..

sábado, 23 de abril de 2011

Vale a pena provar!

Ser mãe fez-me estar atenta a coisas que antes, apesar de alerta, não me faziam agir e ser mais fiel àquilo que penso.
Assim, há cerca de um mês tive uma feliz descoberta: a "Prove" (Promover e Vender)! Esta é uma iniciativa que se baseia, basiacamente, em promover o consumo local. O consumo livre de toneladas de combustíveis para que as coisas cheguem a nossa casa. O consumo daquilo que é da época e não daquilo que é forçado a crescer e a conservar-se. 
Os motivos que me levaram a aderir foram basicamente os que já disse em cima. Mas agora que o 2º cabaz já entrou cá em casa, acrescento aos motivos a frescura dos produtos, a simpatia das pessoas e a qualidade que se nota qunado se come. 
O pequenino tem-se maravilhado com sopinhas feitas com estes legumes e nós vemo-nos também "obrigados" a consumir muitos mais legumes do que fazíamos antes.
Sendo assim, nada melhor do que provar!
PROVE - Promover e Vender

domingo, 10 de abril de 2011

Em busca da harmonia!

Ora toma! Nada como a experiência para me calar bem caladinha!


Sempre me pareceram um pouco exagerados alguns discursos feministas acerca da conciliação trabalho-maternidade. Não sei, na altura devia julgar-me uma super-mulher e, quando fosse necessário fazer essa concilização, eu, com os meus super-poderes iria facilmente consegui-lo! 
Eu, mulher, me confesso! Confesso que não sou omnipotente e muito menos omnipresente. Confesso que não consigo ser como desejaria, que não consigo fazer com o tempo um qualquer milagre da multiplicação. Confesso que, por mais que goste da minha vida profissional e por mais que me encante a maternidade, muitas vezes dou comigo num verdadeiro campo de batalha em que estas se degladeiam forte e feito. 
Confesso que não gosto nada desta conciliação...ou de a tentar!
Como o ser mãe a tempo inteiro não passa de uma miragem, resta-me ir tentando aprender a gerir o tempo, aprender a criar prioridades e a ser fiel a elas. Nesta gestão, vou percebendo que há tantas coisas que não são necessárias e muito menos urgentes, vou aprendendo a embalar-me no ritmo da vida, respeitando os momentos especiais com o pequenino, esses que ninguém os tira do 1º lugar do raking de prioridades. 
Desejo que esta difícil conciliação tenha já passado os seus piores momentos. Quero acreditar que agora vou-me especializar neste deixar fluir, procurando evitar culpas com tempos mal-gastos, não os tendo! Quero acreditar que, acima de profissional, continuarei a ser principalmente mãe, não permitindo que uma qualquer ditadura do rendimento laboral me escravize. A ser escrava, quero ser escrava da maternidade porque essa liberta e dá vida...

P.S.: É por causa desta conciliação que este blog tem andado abandonado, vamos ver se ele melhora! 

sábado, 12 de março de 2011

Frases Soltas #8

Mother love in infancy is as important for mental health 

as vitamins and proteins for physical health." 

Bowlby, 1951
baby1.jpg

terça-feira, 8 de março de 2011

Frases Soltas #7

"No momento em que uma criança nasce, a mãe também nasce. 
Ela nunca existiu antes.
A mulher existia, mas a mãe, nunca.
Uma mãe é algo absolutamente novo." 

Rajneesh

Divine mother and child
Imagem de Jam Stamm

segunda-feira, 7 de março de 2011

Crecher ou não crecher...eis a questão!


Estou a chegar da creche.
O primeiro dia dele. O nosso primeiro dia!
A creche não estava nos nossos planos mas, porque nem sempre a vida corre como esperamos, tivemos que recorrer a ela como recurso para os cuidados do pequenino.
Para nós, o desenvolvimento do pequenino não carecia de creches. Não estava nos nossos planos colocá-lo entre 4 paredes, numa ditadura de rituais e num aglomerado de ruídos e de desorganizações. Não o desejava-mos porque, para nós, é essencial cultivar relações próximas, meios de interacção um-a-um, experiências livres de rituais, afectos priveligiados...
Nesta fase em que conhecemos algumas creches assustou-nos o reduzido espaço dos locais e o tratamento impessoal. Também devo dizer que nos agradou o esforço para promover o desenvolvimento do bebé, assim como a experiência também única que proporciona (relação com outros bebés, outros estímulos, outras experiências). 
Aceitamos, portanto! 
Mas hoje, no regresso, a minha cabeça não parava. 
As rotinas ditatorias a que todos têm de obedecer faz-me especial confusão. Quem manda nas rotinas é o relógio biológico e não a ordenação das tarefas! O corpo do pequenino sempre soube pedir quando estava cansado e precisava de dormir. Nunca precisou das badaladas de um qualquer relógio que anunciava a demandada geral.
O resultado dessas rotinas? Não dormiu de manhã (como SEMPRE fez), dormiu a sesta e agora que o fui buscar, pronta a ir brincar com ele (já tinha planeado ir apanhar raios de sol), estava cheio de sono (sim, porque não dormiu de manhã). De tal forma que agora está a dormir, porque as senhoras donas rotinas assim o impõem!
Alguns dirão que estou a ser exagerada...respeito! Mas, para mim, a maternidade tem-me ensinado que o pulsar da Natureza a tudo dá a sua ordem e a tudo organiza. Acredito que é por ser fiel a esta ideia que as coisas têm sido tranquilas. Não sei como tolerar, agora, que outros (a quem pago) venham desequilibrar o equilíbrio. 
Sonho a realidade deste post...mas temo isto ser utopia. Então, por enquanto, vou guerreando interiormente enquanto construo uma forma de resolver isto externamente.

Para responder à pergunta do título...crecher até podia ser, desde que as creches fossem outras realidades. Realidades mais íntimas, mais humanas, mais pensadas nos bebés e não nos adultos, com números de bebés MUITO mais pequenos, com a promoção da relação pais-bebé, com maior contacto com a natureza, com...com...com...tantas outras coisas que me fazem sonhar!

Se alguém com maior relação de tréguas com a creche me quiser dar algum palpite, agradeço!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Uma espera que podia ser mais penosa se não tivesse a benção destes raios de sol e desta brisa que me abraça...
...e viver pode ser admiravelmente tão simples!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Pelas crianças...mais Direitos!

O meu regresso ao trabalho não me tem dado tempo para os posts e para a blogosfera. Fico a aguardar que uma rotina mais organizada e equilibrada (que se está a construir) me restitua alguns tempos.
Entretanto, vão-me surgindo alguns temas sobre os quais me tem dado vontade de escrever. Como tenho pouco tempo, escolhi este, talvez pelo meu regresso ao trabalho me obrigar a uma visão mais macro e sobre estes mesmos assuntos.

Vou começar pela parte melhor: a UE propôs aos seus Estados-membros 11 medidas com vista a reforçar os direitos das crianças. Onze medidas em áreas diversas (desde a formação dos magistrados ao uso da internet), todas elas pertinentes e necessárias. Tenho apenas a dizer que espero que essas medidas, para além de adoptadas em teoria sejam, acima de tudo, adoptadas na prática. Sim! Porque de boas intenções estamos nós cansados. Aliás, de boas leis estamos nós cheios, falta é que elas se concretizem na prática, que sejam criados os meios para que elas possam ser verdadeiramente executadas!


Escolhi começar pela parte melhor porque teimo em acreditar nas boas práticas! Isto porque ando a ferver desde que ouvi a notícia de um rapaz de 13 anos que corre o risco de ser julgado com pena perpétua depois de ter assassinado a madrasta com uma arma que o pai lhe deu. Isso mesmo! Isto está a acontecer na Pensilvânia e a Amnistia Internacional tem vindo a fazer uma série de pressões para que tal não aconteça. 
Revolto-me! Revolta-me, sobretudo, que isto se esteja a passar nos EUA, no mesmo país que, vestido de uma tez imaculada, apregoa pelo mundo a defesa pelos Direitos Humanos. É isso mesmo...o mesmo país que, a par da Somália, não ratificou ainda a Declaração dos Direitos da Criança! Se o tivesse feito, esta e outras práticas, não seriam possíveis! 
Nem sei que diga...Se estivesse na RFM diria "Já agora, vale a pena pensar nisto".

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Como te chamas?

Nunca percebi muito bem esta coisa da moda nos nomes dos bebés. Escolher o nome dos filhos de acordo com a "onda" do momento é, para mim, algo estranho! Respeito, pois claro, mas faz-me alguma confusão...é como se houvesse um Portugal Fashion mas para nomes de bebés!
Se calhar esta minha antipatia com tal prática pode vir do meu nome! Também não desejo isso a nenhum bebé. O meu nome é tão pouco vulgar que até as Finanças se enganaram 3 vezes no Cartão de Contribuinte que me emitiram. Também não desejo a nenhum bebé que o método de escolha do seu nome seja o mesmo que o meu foi - o da menina bonita da telenovela da altura. Mas digamos que ir pela moda também não me parece justo...
O que se pode ganhar com a moda dos nomes? Quando alguém chamar as crianças na escola, todos olham?! Ser tratado por um segundo nome porque já há alguém com aquele nome e há que diferenciar?
A meu ver, os nomes devem ser significativos para os pais e estimular a criatividade no momento da escolha. Devemos ensaiá-lo e imaginarmo-nos a dizê-lo muitas vezes ao longo da nossa vida. Devemos imaginar como o nosso filho se sentirá a ouvi-lo em diferentes situações. Devemos dizê-lo em diferentes tons emocionais...e, acima de tudo, devemos ver nele uma forma de nos aproximar do nosso filho!
Mas como este post era acerca de nomes, inspirado por esta notícia do JN, cá deixo os nomes mais registados em 2010:
     Meninas: Maria, Leonor, Beatriz, Matilde, Ana, Mariana, Lara, Inês, Carolina e Margarida
   Meninos: Rodrigo, João, Martim, Afonso, Tomás, Tiago, Gonçalo, Diogo, Francisco e Guilherme

P.S.: Atenção papás e mamãs que têm crianças com estes nomes!!! Não entendam este post como uma ataque pessoal...os nomes podem ser "da moda" mas esse pode não ser o critério, eu sei :)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

As últimas acerca da Amamentação...

Na sexta-feira passada saiu uma notícia no Público com o título "Cientistas contrariam recomendações de leite materno", com base num estudo publicado no British Medical Journal. Com base no estudo, a notícia referia, basicamente, que afinal a OMS está errada ao recomendar a amamentação exclusiva até aos 6 meses. Passei-me! E de que maneira. Não é que perceba muito do assunto, mas sei que as recomendações da OMS se baseiam numa revisão extensa da bibliografia, com base em estudos feitos em todo o mundo. Como é que o Público (jornal que até aprecio) vem pôr em causa este trabalho científico com base num único estudo?!!? Pois claro que me passei, não seria de esperar outra coisa.
E, pelos vistos, não fui só eu que me passei. A Sociedade Portuguesa de Pediatria já emitiu um comunicado a esclarecer o povo acerca do que realmente deve ser deduzido desse estudo. Alertam para o facto da notícia ter interpretado erradamente alguns dados do estudo e esclarecem aspectos interessantes acerca da amamentação.
OMS também veio relembrar porque é que recomenda o aleitamento materno exclusivo...não é porque se lembrou ou porque pegou num único estudo!
Deixo para o fim o melhor...este artigo e este levantam um bocadinho o véu e fazem-nos pensar no porquê desta notícia! Então não é que 3 dos 4 autores do referido artigo científico recebem fundos da indústria de leite artificial? Ah...isso então já é outra coisa!!! Até acho que já percebo a notícia. Mamãs...porquê dar leitinho materno se, afinal, existem produtos tão apetitosos e variados fabricados por estas queridas indústrias que tanto gostam dos nossos bebés? 
Pois é! E é assim, com notícias destas que aquilo que é natural e saudável se destrói com base em interesses e em opiniões isoladas.

(a propósito, proponho que vejam estas imagens acerca de um projecto interessante sobre amamentação) 

domingo, 9 de janeiro de 2011

Frases Soltas #6

Não podia deixar de colocar aqui a frase do mês do "The Natural Child Project":


"Many of the things we need can wait. The child cannot. 
Right now is the time his bones are being formed, his blood is being made, and his senses are being developed. 
To him we cannot answer 'Tomorrow,' his name is today."
Gabriela Mistral

sábado, 8 de janeiro de 2011

Babymoon...ou o encantamento mãe-bebé

Li aqui acerca do conceito "Babymoon". Parece que não é um conceito recente e basicamente reporta-se aos momentos de intimidade e de conhecimento antes e depois do nascimento vividos entre os pais e o bebé, tempo de vinculação e de proximidade! 
Achei curioso porque tenho dito a algumas pessoas que estão grávidas ou que planeiam estar que a gravidez existe para nos aproximar da maternidade. Gravidez é tempo de duvidar e questionar, temer e negar, descobrir e procurar...a gravidez é o tempo que a Natureza nos dá para, a pouco e pouco, se ir definindo em nós o papel de Mãe. Gravidez é tempo de namoro, com todas as paixões e encantamentos, mas também com todas as dúvidas e crises...gravidez é tempo de namoro para que se possa dar o casamento e, só assim, viver-se a lua-de-mel (honeymoon)...neste caso, a babymoon. 
E como é mágica esta babymoon...o desafio será fazer com a babymoon o que tantos casais desejam fazer com a honeymoon! Prolongá-la ao máximo. Não só no tempo depois do nascimento, mas também antes dele! 

Babymoon é tempo de contemplar o ser que se desenvolve em nós (dentro e fora). 
É oportunidade de saborear cada pequeno pormenor, cada gesto e cada som. 
É momento de parar tudo o que não interessa porque o essencial acontece em nós, por nós, para nós e através de nós. 
É altura de aproximar ainda mais aquilo que já é inseparável e íntimo. 
É ter a certeza de que a vida tem sentidos e significados mágicos e que viver através da maternidade é único e indizível. 

Sonhei que era Sueca

Proud Swedish Mom Ornament (Round)

Já ando há uns meses a sonhar! E sonho acordada...sonho que sou sueca e que vou poder ficar mais 10 meses com o meu pequenino...sonho que estou na Suécia e que não tenho que o deixar abruptamente nesta fase em que ele ainda precisa tanto de mim e que vou poder viver com ele todos os momentos até que ele tenha 16 meses. E como é bom este sonho! O verdadeiro frio não é o da Suécia mas o que sinto no coração quando sei que vou ter que sair de casa, entregar o meu pequenino a outra pessoa e, ao final do dia, ouvir todo um relato de aquisições e de momentos que ele teve e a que eu não assisti!
Sei que tenho que regressar ao trabalho. Gosto do que faço e não me posso queixar, sobretudo porque vou iniciar um novo trabalho muito mais aliciante a há tanto tempo sonhado. Sim, sei...mas também sei que cada momento, cada dia, cada segundo que passo com o pequenino me enche a vida de magia e que, quanto mais me dou nele, mais ele cresce e maior é a Felicidade desenhada no rosto dele. Sei que ele vai continuar a crescer e a ser feliz, mas sei que as nossas vidas poderiam ser mais intensas se pudesse-mos estar mais tempo ao lado um do outro.
Como não vivo na Suécia, tento integrar esta realidade em mim...dos poucos dias em que tenho ido trabalhar, regresso a sentir-me mais Mãe porque tenho ainda mais a certeza de qual é a minha meta, a razão do meu existir e o motivo pelo qual me movo...e, quando os olhos se cruzam novamente, sou maravilhosamente acalentada numa serenidade e numa Felicidade que me apaziguam a dor da saudade...

Não estou na Suécia...resta-me ter a certeza de que a forma como me habitas o coração me mantém ligada a ti em cada segundo do meu existir.


domingo, 2 de janeiro de 2011

Bom Ano!

As festas terminaram...a agitação e a Felicidade que carregaram estes dias foi-se e, quase que de súbito, o silêncio instala-se e invade-me uma doce serenidade.
As festas trouxeram-me a alegre constatação de que há muito que tem sido Natal na minha vida. Um Natal que acontece todos os dias. Um Natal que é feito de uma Vida que renasce a cada dia que nasce. Uma Esperança imensa que me leva a caminhar cada vez com mais empenho e motivação. Natal todos os dias desde que o pequenino habita as nossas vidas. Por isso, este Natal foi especial não só por o ter connosco, mas também porque ele tem feito dos nossos dias verdadeiros Natais.
Por isso, nesta passagem de ano não dei por mim a fazer planos nem a delinear estratégias para atingir objectivos no próximo ano. Não! Desejo apenas que o ano se escreva na continuidade do que foi o ano que passou...não uma continuidade feita de comodismo, mas uma continuidade nesta forma de viver - seguir os mesmos horizontes e buscá-los na mesma fidelidade àquilo que é essencial. Crescer na vontade de viver desta forma!

Assim, desejo a todos um 2011 liberto de crises e de cortes, de más e negativas previsões. Desejo um 2011 em que o mais importante seja a vontade de viver...uma vontade de viver que venha mesmo de dentro e que se transforme no melhor antídoto para qualquer "má onda".
Um 2011 em que sejamos capazes de descobrir aquilo que verdadeiramente interessa.